Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019), com ocorrência nos estados: PARANÁ, Município de Guaratuba (Hatschbach 21275); RIO GRANDE DO SUL, Municípios de Bom Jesus (Rodrigues 98), Cambará do Sul (Waechter 1808), São Francisco de Paula (Rambo 49423), São José dos Ausentes (Barboza 4191), Vacaria (Sobral 8124); SANTA CATARINA, Municípios de Bom Jardim da Serra (Reitz 7453), Bom Retiro (Reitz 2689), Garuva (Korte 6259), Orleans (Kassner-Filho 2641), São Joaquim (Smith 14398), Urubici (Falkenberg 7956).
Árvore de até 8 m, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019). Foi documentada em Floresta Ombrófila associada a Mata Atlântica nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Apresenta distribuição relativamente ampla, porém restrita à fitofisionomia florestal severamente fragmentada, cinco situações de ameaça, considerando-se as regiões geográficas em que foi documentada, e AOO=64 km². Ocorre de maneira disjunta, com um grupo de subpopulações ocorrendo principalmente no Paraná e outro, no nordeste do Rio Grande do Sul e sudeste de Santa Catarina. Aparentemente , suas subpopulações não são abundantes (Steenbock et al., 2011; Siminski et al., 2011). O Atlas da Mata Atlântica (SOS Mata Atlântica e INPE, 2019) indica que restam somente 16,2 milhões de hectares de florestas nativas mais preservadas acima de 3 hectares na Mata Atlântica, o equivalente a 12,4% da área original do bioma. Restam entre 7%-22% da Mata Atlântica original nos estados em que a espécie foi documentada (SOS Mata Atlântica e INPE, 2019), todos posicionados entre os 10 maiores responsáveis pela desmatamento contínuo verificado na Mata Atlântica (SOS Mata Atlântica e INPE, 2019). A criação de gado é uma ameaça a biodiversidade no sul do Brasil (Overbeck et al., 2009). Entre os municípios de ocorrência da espécie, São Francisco de Paula tem altos índices de desmatamento, o quarto maior do país, e todos apresentam extensões significativas de florestas convertidas em pastos (Lapig, 2019). A contaminação biológica por Pinus sp. e outras exóticas/ invasoras na Serra do Ibitiraquire (PR), que há poucos anos atingia apenas montanhas de menores altitudes, já é verificada em trechos mais elevados e em setores mais distantes das áreas antropizadas (Mocochinsky e Scheer, 2008). Ainda, turismo desordenado (Mocochinsky e Scheer, 2008) e silvicultura em larga escala (Lapig, 2019) promovem desmatamentos e a redução na cobertura de vegetação nativa nos estados em que R. asplenioides foi registrada. Diante desse cenário, infere-se declínio contínuo em extensão e qualidade do habitat. Assim, E. asplenioides foi considerada "Em perigo" (EN) de extinção novamente. Recomenda-se ações de pesquisa (censo e tendências populacionais) e conservação (Plano de Ação) urgentes a fim de se garantir sua perpetuação na natureza no futuro, pois as pressões verificadas ao longo de sua distribuição podem ampliar seu risco de extinção. É crescente a demanda para que se concretize o estabelecimento de um Plano de Ação Nacional (PAN) previsto para sua região de ocorrência nos estados em que foi documentada.
A espécie foi avaliada pelo CNCFlora em 2013 (Martinelli e Moraes, 2013) e consta como "Em Perigo" (EN) na Portaria 443 (MMA, 2014), sendo então necessário que tenha seu estado de conservação re- acessado após 5 anos da última avaliação.
Ano da valiação | Categoria |
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2012 | EN |
Espécie descrita em: Bot. Jahrb. Syst. 76(2): 160. 1954 [Jan 1954]
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.3 Livestock farming & ranching | locality,habitat | past,present,future | regional | high |
A criação de gado é uma ameaça a biodiversidade no sul do Brasil. O pastejo excessivo resulta em diminuição na cobertura do solo e em riscos de erosão, além de substituição de espécies forrageiras produtivas por espécies que são menos produtivas e de menor qualidade, ou até mesmo na perda completa das boas espécies forrageiras. Em 1996, 7 milhões ha na Região Sul do Brasil eram utilizados com pastagens cultivadas, principalmente com espécies não-nativas (Overbeck et al., 2009). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.3 Livestock farming & ranching | locality,habitat | past,present,future | local | high |
A Mata Atlântica do Rio Grande do Sul remanescente é de 7,33% (SOS Mata Atlãntica; INPE, 2009). Entre os municípios de ocorrência da espécie, São Francisco de Paula tem altos índices de desmatamento da Mata Atlântica, o quarto maior do país, tendo suprimido 40,09 km² entre 2002 a 2008 (MMA; IBAMA, 2010). O município de São Francisco de Paula com 327295 ha, tem 80% de seu território ocupado com floresta plantada (45257 ha), lavoura de milho (3000 ha), soja (1500), pastagem (213939 ha) (Lapig, 2019). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.2 Ecosystem degradation | 1.3 Tourism & recreation areas | habitat,locality,occupancy,occurrence | past,present,future | local | medium |
A conduta inadequada de pessoas em atividades recreativas vem causando impactos significativos aos campos de altitude do Paraná. Os mais comuns são o estabelecimento descontrolado de áreas de acampamento, abertura de trilhas e atalhos, uso inadequado do fogo e coleta de espécies vegetais para uso ornamental. Os impactos resultantes podem ser agravados com o estabelecimento de espécies exóticas invasoras nas áreas impactadas, que tendem a se propagar com maior vigor que a vegetação nativa em regeneração (Mocochinsky; Scheer, 2008). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.3 Livestock farming & ranching | locality,habitat,occupancy | past,present,future | regional | high |
O município de Cambará do Sul com 120865 ha, tem 69% de seu território ocupado com floresta plantada (25669 ha), lavoura de milho (450 ha), pastagem (57317 ha) (Lapig, 2019). Cerca de 61% da cobertura vegetal do município de Bom Jesus é área de pastagem (Lapig, 2019) | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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5 Law & policy | on going |
Considerada "Rara" pela Listavermelha da flora do Paraná (SEMA/GTZ-PR, 1995). A espécie foi avaliada como "Em perigo" EN no Livro Vermelho do CNCFlora 2013 e está incluída no ANEXO I da Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção (MMA, 2014). | |
Referências:
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Ação | Situação |
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1 Land/water protection | needed |
A espécie ocorre em territórios que serão contemplados por Planos de Ação Nacional (PANs) Territoriais, no âmbito do projeto GEF pró-espécies: todos contra a extinção: Território 24 (SC). |
Ação | Situação |
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1 Land/water protection | on going |
A espécie foi coletada no Parque Nacional dos Aparados da Serra (Waechter, 1808) |
Uso | Proveniência | Recurso |
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17. Unknown | ||
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais. |